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11/02/2011
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Apoio refor�ado ao movimento pela Democracia e pela Emancipa��o no Ir�


AUTOR:  Mohssen MASSARRAT e Pedram SHAHYAR

Traduzido por  Helga Heidrich


Em 1979 o povo iraniano derrubou a milenar monarquia de 2500 anos, para abrir o caminho � democracia e � justi�a social. Com o estabelecimento da teocracia isl�mica n�o s� foram tra�dos os ideais da revolu��o mas tamb�m foram restauradas as estruturas dominantes do clientelismo �s custas do Estado. Trinta anos depois, assistimos hoje a uma nova fase revolucion�ria na hist�ria iraniana, que – segundo todos os ind�cios – n�o mais poder� ser detida. E isto apesar da viol�ncia bruta dos assim chamados guardi�es da revolu��o o dos para-militares Bassidjis, apesar dos assassinatos de incont�veis pessoas, apesar da deten��o de incont�veis ativistas bem como de todo o quadro administrativo do movimento isl�mico de reformas  e apesar das proibi��es e da repress�o de todos os meios de comunica��o e da m�dia do movimento.


 
Ao legitimar a maior farsa eleitoral da hist�ria iraniana, o mesmo Aiatol� Khamenei deligitimou-se. Para ele e para o pretenso vencedor eleitoral Ahmadinedschad a preserva��o do poder e a apropria��o violenta dos lucros do petr�leo e das riquezas coletivas para cimentar uma ditadura teocr�tica e uma ideologia de estado retr�grada importam obviamente mais do que a vontade do povo. Desde o in�cio a teocracia dividia a sociedade iraniana em adeptos e em opositores ao sistema e assim possibilitava a exclus�o de um n�mero cada vez maior da popula��o da participa��o dos recursos e do poder. Ela criou o fundamento para que os ide�logos famintos de poder saqueassem as receitas do Estado em nome do Isl�, contornando todos os �rg�os de controle para construir a base do pr�prio poder. 
 
Mahmud Ahmadinedschad n�o � o homem que defende inexoravelmente os interesses dos pobres, que combate destemidamente a corrup��o e que enfrenta corajosamente o imperialismo, pelo qual ele � considerado por uma parte dos esquerdistas cr�dulos, , mal-informados e ideologicamente obcecados na Alemanha e no mundo.

Infelizmente tamb�m presidentes sul-americanos, como Hugo Chavez, se tornaram v�timas da pr�pria superficialidade e do tratamento irrespons�vel para com as circunst�ncias reais no Ir�. O posicionamento de Chavez e de outros na Am�rica do Sul est� em crassa contradi��o com os ideais emancipat�rios do "Socialismo no S�culo 21". N�o � poss�vel que direitos universais sejam sacrificados em charadas geopol�ticas.

Com o reconhecimento de Ahmadinedschad, Chavez e outros presidentes da esquerda causaram grandes danos ao movimento por reformas e emancipa��o no Ir�. 
 
Este tipo de posi��es esquerdistas e anti-imperialistas n�o somente erram quanto a  Ahmadinedschad, mas tamb�m quanto ao car�ter do movimento popular e de sua dire��o. A linha de separa��o entre adeptos e opositores do movimento popular n�o decorre entre ricos e pobres, ente norte e sul, entre cidade e campo, n�o, ela decorre simples e unicamente entre adeptos e opositores  da ditadura teocr�tica, entre o dom�nio ileg�timo do poder e os anseios democr�ticos e emancipat�rios da impressionante maioria dos iranianos e iranianas. Por esta raz�o o movimento popular ultrapassa os limites de classes e camadas sociais. Dele fazem parte tanto islamitas religiosos como leigos, tanto tradicionalistas como homens e mulheres com orienta��o ocidental, pessoas idosas bem como preponderantemente mulheres e homens jovens, tanto intelectuais como trabalhadores, ricos e pobres. Este movimento popular �, segundo observa��es un�nimes, mais amplo do que o movimento popular por ocasi�o da Revolu��o Isl�mica. Defini-lo como uma "revolu��o cor de laranja" manejada de fora, chega aos limites da tolice e � uma ofensa imperdo�vel para com todos os movimentos emancipat�rios. 
 
Mir Hussein Mussawi, o candidato do Movimento pelas Reformas � presid�ncia, n�o �, como alguns o atribuem, consciente- ou inconscientemente com inten��o enganadora, um homem do ocidente. Ele � pio islamita e um homem da revolu��o isl�mica da primeira hora. Ele ainda est� radicado no campo dos conservadores e se define a si mesmo como reformador fi�l aos princ�pios. Seu debate p�blico com Ahmadinedschad na televis�o e sua conseq�ente defesa de novas elei��es o revelaram como pol�tico de confian�a e decididamente ao lado do povo. Obviamente ele tamb�m est� decidido a continuar a luta contra a teocracia.  Como primeiro grande pol�tico na hist�ria da Rep�blica Isl�mica Mussawi disse N�o aos dirigentes religiosos, abalando assim a autoridade dos mesmos. At� o momento, em todos os seus comunicados ele convocou o movimento popular � continua��o da resist�ncia n�o-violenta e jurou sacrificar sua pr�pria vida pelo objetivo comum de abolir a tirania. Na presente fase da revolu��o o povo e a dire��o do movimento pelas reformas est�o unidos pelo objetivo comum de superar a ditadura teocr�tica. A configura��o da futura sociedade iraniana na era p�s-revolucion�ria e o caminho a ser ent�o seguido � direito exclusivo da vontade popular em liberdade e n�o pode ser antecipada por ora. 
 
A revolu��o no Ir� tem j� agora grande repercuss�o em toda a popula��o do m�dio e pr�ximo oriente, particularmente tamb�m em partes do movimento pacifista em Israel. Sua vit�ria e a democratiza��o bem sucedida abalaria todos os regimes ditatoriais da regi�o, encorajaria os povos � emancipa��o e abriria uma perspectiva de prosperidade, de democracia e de paz depois de d�cadas tenebrosas de guerra, de destrui��o e de mis�ria.

Recha�amos decididamente todas as tentativas de desacreditar a revolu��o no Ir� e apelamos a todos os movimentos sociais, anticapitalistas, anti-hegemoniais e emancipat�rios na Alemanha, na Europa e no mundo todo a apoiar a revolu��o popular iraniana, com todas as suas for�as e de engajar-se pela liberta��o de presos pol�ticos e pela liberdade de manifesta��o e de imprensa.


Fonte: Tlaxcala - Die Bewegung f�r Demokratie und Emanzipation im Iran mit voller Kraft unterst�tzen

Artigo original publicado em 9 de julho de 2009

Tradu��o redigida em portugu�s do

Sobre os autores:
Mohhsen Massarrat pertence ao Conselho Cient�fico
da ATTAC-Alemanha, Pedram Shahyar pertence  ï¿½ Coordina��o Federal da ATTAC-Alemanha.


Helga Heidrich pertence � rede de tradutores
Coorditrad, em parceria com Tlaxcala, a rede de tradutores pela diversidade ling��stica. Este artigo pode ser reproduzido livremente na condi��o de que sua integridade seja respeitada, bem como a men��o aos autores, � tradutora  e � fonte.

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UMMA: 24/07/2009

 
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